sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Gripe - recolhimento compulsório

Aqui estou eu - gripado, fortemente gripado - . Dores no corpo, coriza, febre básica, carinho da companheira (também gripadíssima) e respeitando o apelo da minha matéria: pare um pouco!

Hoje fiquei duas horas fazendo geoterapia, deitado, coberto de argila e sentindo o bendito vírus sendo sugado pelo mineral - coisa fantástica!

Depois fiz uma inalação monstruosa com eucalipto - desobstruiu tudo e meu nariz parecia as Cataratas do Iguaçu -e não me chamem de hiperbólico.

Tomei um chá chamado "Tem-de-Tudo" - Olha o nome da bomba, meu povo - feito com limão, gengibre, alho, folha de pitanga, erva-cidreira, folha de mangueira, capim-santo, mel e o aval de Ossaim, é lógico.

A mente viciada queria produzir e o corpo... nada - aí cedi e fiz as pazes com a febre, dormi a tarde toda, cancelei todos os itens da agenda, todos os atendimentos e resolvi cuidar de mim.

É estranho que essa necessidade só veio com a doença, mas bendigo a existência de nossas patologias - afinal uma das grandes utilidades delas é fazer com que prestemos mais atenção ao nosso umbigo - só não podemos exagerar...

Hoje à noite, ainda serei submetido a um delicioso escalda-pés, um bom mingau de cachorro e outra inalação super-sônica para amanhã, enfim, retornar a minha rotina.

A doença verdadeiramente é um caminho para que a gente se olhe mais pra dentro, pra que a gente admita alguns limites, para que transcenda outros, para que a gente se permita ser cuidado, dengado e paparicado, pra que a gente ouça nosso corpo, nossa alma e tenha um motivo bem justo e bem lógico de parar tudo e quebrar o ritmo, o padrão, a rotina e o que vier.

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