16/03.
O movimento da Tenda não pára. Diego vive emoções contraditórias: alegria pelo faturamento e tristeza por saber que o momento da partida dos ciganos se aproxima. Para driblar essa tristeza, porém, decide fazer uma festa no dia 19 e começa a se mobilizar nesse sentido.
Os animais já foram transportados com segurança para o Safári.
Sâmia liga para Mãe Lurdes:
- Mãe Lurdes, sou eu.
- Minha filha! Quanta saudade! Estou acompanhando os seus aprontes pela televisão. Sabia que você ainda ia dar o que falar. Como vão todos?
- Estamos bem. E a senhora, e os daí?
- Levando... Sua hora está chegando não é?
- Está.
- Como se sente?
- Estranha. Sou muito apegada a esse planeta. Me apego facilmente a tudo e a todos – começa a chorar.
- Chore não, meu bem querer. Mais dia menos dia eu também estarei em Aruanda e vai ser um prazer ir passar umas férias nas estrelas e recebê-los em minha aldeia
As duas riem, choram, falam por um longo tempo e se despedem.
17/03.
Túlio visita os ciganos e tem um momento a sós com Antonio:
- E aí, meu irmão, como vai você?
- Melhor impossível, cigano.
- Que bom! E sua mãe.
- Está mais tranquila. Criei um pouco de juízo e estou dando paz a ela. Estou estudando num cursinho pré-vestibular. Quero fazer Direito... Que é que você acha?
- Se for um desejo do seu coração, é bom.
- É sim.
- Então estude, se esforce e passe.
- Valeu, cigano! Eu precisava te ouvir.
- Aprenda a se ouvir, mano. Você é capaz. Só você sabe de si, mais ninguém. Não delegue a ninguém o poder de decidir suas coisas por você.
- Certo. Soube que vocês estão de partida... Para onde?
Antonio sorri e faz um gesto para Túlio esquecer esse assunto:
- Esqueça, amigo. É uma história longa e doida... Deixa para lá.
- Tudo bem. Obrigado por tudo!
- Cuide-se, mano e dê lembranças ao delegado e à sua mãe.
- Darei.
Túlio se vai e outro consulente vai falar com Antonio.
Mais tarde Miro liga chorando para Zenaide:
- Que passa, meu menino?
- Saudade, minha querida.
- Você sempre soube que esse momento chegaria, meu anjo.
- Mas é difícil.
Durante longos minutos Zenaide ouve o choro e as frases entrecortadas do neto e o consola, tendo que se fazer de forte para não desmoronar junto com ele.
Por fim, se despedem.
18/03.
Rola a festa do Caju de Ouro e muitas pessoas que vieram curtí-la, terminam indo à Grande Tenda Mística, triplicando o movimento.
Diego chama o filho para comerem uma pizza:
- Como se sente, filho?
- Cansado, mas feliz.
- Como se sente com a proximidade da partida?
- Ansioso, curioso, saudoso e preocupado com vocês.
- Tem certeza de que não pode ficar?
- Não é não poder, pai. É não querer mesmo.
- Que vai ser de mim sem você? Que vai ser de sua mãe? Do circo?
- Ninguém é insubstituível. Sentirei saudade de vocês e sei que farei falta, mas a vida continua e o amor que há entre nós permanecerá.
A pizza chega.
- Oba! – Daniel ri.
Diego também sorri e põe-se a comê-la.
Voltando da pizzaria, Diego e Daniel pegam Rosita e vão visitar os ciganos na casa do padre Altino.
Todos estão na sala jogando conversa fora, quando Diego muda o rumo da prosa:
- Nesses dias intensos, tem me vindo uma ideia fixa que me persegue a todo o momento.
- Qual? – Pergunta Pedro.
- Eu tenho vontade de saber da história de cada um de vocês. Origens, casos, aprendizagens, sabedoria. A cultura cigana é muito rica e é uma honra para mim conhecê-los tão de perto. Seria demais eu pedir que cada um fizesse um breve ou longo histórico da sua vida?
- Eu posso contar minha história com prazer – responde Sofia.
Os outros também concordam e os ciganos varam a noite contando casos da sua vida e de outros ciganos ao dono do circo, que faz algumas anotações numa caderneta e diz vez por outra que “isso daria um bom livro!”.
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