domingo, 5 de setembro de 2010

DESCAMINHOS

Mário estava com medo em pleno meio-dia, do lado esquerdo da rua, vendo os carros passarem. suava frio e queria muito saber que dia era aquele. Náusea... Vontade de dar um tiro no sol e sair correndo e gritando.

Teve a idéia de atravessar. Pouco se importava com os sinais e o movimento. Pisou no asfalto e se foi de olhos fechados. Carros freando bruscamente, buzinando bruscamente, xingando bruscamente, fazendo tantas coisas bruscamente, mas nenhum teve coragem de arremessar Mário a alguns metros distância. Nenhum quis ver seus miolos cozinhando no asfalto escaldante.

Engarrafamento!!! Mário pára no meio da rua e faz um streap. Louco?! o corpo nu ao sol, a pele desbotada e fria, o falo murcho e longo despencado por entre as pernas. Ombros arqueados e um vento suave passando por suas axilas.

Uma freira que estava no ponto de ônibus despiu-se do próprio hábito e cobriu a vergonha daquele coitado. Ele a olhou e sorriu amarelo. Em seguida,levou-a ao hotel mais próximo e fizeram sexo a tarde inteira.

A freira tornou-se sindicalista e adepta do amor livre. Mário, virou monge.

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