Desde criança, perco chaves.
Perco as chaves do quarto, da casa, do carro, do armário e isso sempre me
rendeu críticas terríveis que só aguçaram meu complexo de incompetência e fizeram-me encolher buscando uma lógica que
explicasse o motivo de perder tanto essas coisinhas que servem para abrir
portas e possibilidades.
Certo dia, estava com Maci, o
amor da minha vida, a mulher que me vê por dentro e perdi a chave do carro.
Fiquei possesso, mas ela buscou acalmar-me, dizendo: Não se desespere. Vamos solucionar esse problema. Refaça seus passos e
veja onde pode tê-la deixado.
Pouco depois fiz o recomendado e
encontrei o objeto perdido.
De volta para o local onde minha
amada me esperava, com duas xícaras de chocolate, uma para mim; outra para ela,
sentei-me e sorri, mostrando-lhe o que recuperei:
- Aqui está... Por que perco
tanto as chaves? Será que inconscientemente quero fechar todas as portas para
mim?
Depois de pensar um pouco, ela
respondeu:
- Não creio que seja isso. Não
creio que você as perca porque é incompetente, mas por ser especial.
- Como assim?!
- Talvez você as perca porque,
inconscientemente, sente saudades do tempo em que atravessava paredes.
Sorrimos. Não me recordo de ter
tomado um chocolate tão gostoso! A vida ao lado dela é meu melhor presente.
Antonio, meu santo profano. Um dia me disseram que tinham ciúme da nossa relação (vc sabe quem foi, mas não vamos dar ibope a ele, rsrs). Hoje te confesso que tenho ciúme dessa coisa que une vc e Ci. Mas é um ciúme bom, viu... diga a ela que não se preocupe, não vou assassiná-la em nome desse amor que sinto pela pessoa linda e louca que vc é.
ResponderExcluiradoro ler vc, não pára de postar, não.
bjo, te amo sempre!
Paro não, meu bem. Também te amo muito e loucamente. Que bom nos amamos, nos enciumamos e nos amamos mais ainda...
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