sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Sete Ciganos - 5

Terça-feira

Sofia acorda angustiada e quando isso acontece, sabe que há algum amigo seu em perigo. Toma o desjejum e sua intuição lhe diz para ir à feira. Decide comprar mamões na barraca do Sr. Joventino, mas ao chegar lá, não o encontra, porém um belo homem negro lhe recebe cordialmente:

- Pois não, senhora.

- Bom dia! Quero dois mamões papaya.

- Pode escolher.

Ela os escolhe e dá para o homem pesá-los:

- São R$3,00, senhora.

Ela lhe paga, ele coloca as frutas num saco e o dá para ela.

- E o Seu Joventino, onde está?

- Meu pai está doente. Ontem à noite passou mal e teve de ser internado.

- O que ele tem?!

- Não se sabe ainda, senhora. Começou a sentir dores por todo o corpo e falta de ar. Ele foi medicado, mas não melhorou.

- Eu posso ir visitá-lo.

- Pode. Ele está na enfermaria e o horário é das 14h00 às 16h00. Minha mãe também está lá.

- Qual o seu nome?

- Orlando. E a senhora é Dona Sofia?

- Sou “dona” de nada, amigo e nem “senhora”. Sou simplesmente uma cigana e meu nome é Sofia, sim. Como sabe?

- Ontem, à noite, no jantar, ele nos falou de você e minha mãe ficou curiosa para conhecê-la.

Sofia sente que tem algo a ver com essa família.

- Obrigada, Orlando. É um prazer conhecê-lo – apertam-se as mãos – Eu já vou e à tarde, visitarei seu pai.

- Tenha um bom dia.

- Você também.


Um comentário:

  1. Embora ache meio estranho ver Sofia hospedada num hotel - preferia vê-la numa tenda - eu a considero uma mulher formidável.

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